A Paixão por Carros Antigos
Por jansenbispo
Ferro-velho! Velharia! Banheira!
Estes são os primeiros nomes que vem à cabeça de muitos quando se fala em carro antigo. Talvez alguns se lembrem do primeiro carro, um fusquinha meio desajeitado, ou se lembre dos velhos tempos de infância ou ainda uma lembrança familiar.
Para outros porém a imagem que um carro antigo, ou clássicos, como gosto de chamar é algo duradouro, perpétuo e inabalável.
Eu, que nascido em meados dos anos 80, sempre gostei de carros mesmo sem conhecer profundamente o seu funcionamento. Quando pequeno era vidrado em alguns modelos da época como Gol GTI, Santana, Chevette e afins.
Mas uma paixão que tenho desde que me conheço por gente é o Maverick. Primeiro porque eu sou fã da Trilogia Mad Max (em breve um post sobre os filmes), e segundo porque eu pensava que o carro preto dirigido por Max era um Maverick. É claro que o tempo passou e eu logo descobri que minha fantasia de criança era uma verdadeira fraude. O carro na verdade é um Ford Falcon XB, muito parecido com o Maverick por sinal.
Mesmo tendo essa “desilusão” eu adquiri gosto por carros antigos, e a cada dia que passa aprendo a admirá-los e respeitá-los cada vez mais. Hoje não tenho mais aquela coisa de não gosto desse, não gosto daquele, esse é melhor e aquele é pior. Aprendi a respeitar a opinião e gosto do próximo.
Voltando ao Maverick, eu sempre achei que aquele carro era algo impossível de se conseguir. Sempre que via algum na rua ficava admirando até sumir de vista. Por várias vezes tentei convencer meu pai a trocar o carro por um Maverick. Em vão, é claro!
Finalmente em 2005, após muita procura consegui trocar meu Chevette 85 por um Ford Maverick LDO 1977. Meu sonho se torna realidade… e como sempre a realidade não é como os sonhos. Junto com o carro vieram também dezenas de coisas que com o tempo fui aprendendo como realmente funciona.
Graças à incrível comunidade que participo nos grupos do Yahoo e Google, pude adquirir um pouco de experiência e aos poucos ir dando passos na restauração do carro. Hoje, após mais de 2 anos de muita luta, ele ainda continua esperando o grande dia do retorno.
Mas você deve estar se perguntando o porquê de tudo isso, não é? Pois bem, o que eu realmente gostaria de ressaltar neste post não é como comprei meu carro ou como estou “trabalhando” nele. Mas sim mostrar a que ponto a união das pessoas, somado a paixões sem fim podem trazer um benefício incrível.
Para quem não conhece, todo último domingo do mês em Campinas no Galleria Shopping, acontece o Encontro Mensal do Clube V8 e CIA. É um grande evento familiar, onde além dos sócios, o público pode expor seus “clássicos” a vontade.
É incrível o nível de cuidado que muitos proprietários tem com seus veículos. Carros com 50, 60 anos em maravilho estado de conservação e limpeza. Para muitos não são apenas carros, são como membros da família, passados de geração à geração.
Neste meio, percebemos o quanto, nós brasileiros, somos apaixonados por carros. Sejam antigos ou novos, temos um grande afeto à essas máquinas.
Para muitos, incluindo eu é claro, ter um clássico é muito mais do quer teu automóvel fora de linha. É história, cultura, conhecimento, alegria e também tristeza. Mas acima de tudo, talvez seja a satisfação e os olhares admirados que nos recompensem. O fato de ser diferente, fazer a diferença acontecer é crucial. Isto me lembra um slogan da Apple: Tink Different.
Embora nossas vidas passem como o vento, o pouco que vivemos neste mundo devem ser bem aproveitados. Cada um à sua forma, com seus gostos e paixões, lutando, batalhando e nunca desistindo. Na conquista do meu sonho, com licença, eu vou de Maverick!
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